quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não, não é ele...

Certa vez conheci um homem... Era daqueles com tudo que eu sempre quis... Aquele que eu teria certeza absoluta que seria meu pra sempre e sempre seria dele... Mas não! Nós não éramos...

Ele era tudo o que idealizava, e de uma forma melhor... Como se minha consciência tivesse se materializado em outro corpo e soubesse responder todas as perguntas do meu coração sem ao menos pestanejar. Ele entendia tudo sem precisar de explicação, ele ria até mesmo das minha piadas que eu achava sem graça... Ele me motivava, mostrava que sempre haveria mais um pra aqueles que foram só mais um em minha vida, e que talvez o outro fosse melhor... Ele dizia que não conheceria o certo se não tivesse provado o errado... Sim! Ele era piegas! E eu adorava!!! Ria sozinha das coisas que ele dizia... Ria com ele de outras tantas coisas que dizíamos por dizer, só pra arrancar do peito aquelas frasezinhas bestas que ninguém tem coragem de assumir a autoria...

A vida dele estava anos a frente da minha, mas mesmo em meio a tantas diferenças, tudo se encaixava no final...

Com o tempo, novas vidas e novos rumos, nos afastamos tanto... Acabaram as conversas de horas, a falta de nexo das nossas brincadeiras, nossas profundas reflexões sobre a vida, o amor, sobre nós... Bate uma saudade de ler os textos dele de novo, de reler os meus... E perceber que muito do que sou hoje foi moldado naquelas tardes e noites papeando e perdendo a noção do tempo...

Somos como peças iguais de um enorme quebra-cabeças... Combinamos em tudo, mas ainda assim não nos encaixamos. Depois de tanto procurar (ou por vezes ficar sentada esperando) achei minha outra metade. Ele ainda não, ainda.. Ou não que eu saiba, ou não porque ela ainda não sabe... Mas uma vez, ele é complexo e interessante demais.

Enquanto eu vivo a melhor parte da minha vida, devaneando sozinha, sentindo saudades dele, louca pra sentar e contar em detalhes tudo que encontrei... Que meu encaixe é exatamente do jeitinho que acreditávamos que seria... Que tudo que contei pra ele que eu queria eu achei... Que meu encaixe é quase como ele... Só que meu... Ele, ah! Ele é só o que eu sou um pouquinho (ou muito) melhorado... Ele é inspiração...

Antes de querer mostrar meu complemento à ele, queria conhecer o dele... Saber se com ele também foi assim... Saber se essa é a certa, e se sem querer estávamos adivinhando (ou planejando) nosso futuro em meio a horas e horas aparentemente desperdiçadas... Que se ele achou a musa de suas canções do Marcelo Camelo, da mesma forma que eu encontrei meu Ted Mosby

Não, não é ele... Ainda bem!

domingo, 25 de abril de 2010

"Ah, se eu fosse marinheiro...

Sempre preferi o que intriga, e nada mais desafiador do que um navio toneladas flutuando de modo mais fácil até que um barquinho de papel...

Costumo focar meus olhos no horizonte enquanto perco-me nos meus pensamentos, e não há nada mais deslumbrante ao se ver do que a linha tênue que divide o oceano do céu...

Tenho o carma e a glória de minha mente não permitir que meu coração se apegue demais...

Enxergo em cada parada uma chance de recarregar a alma pra persistir, e não um final...

A saudade me faz sorrir, como se num suspiro em meio a afagos sussurrasse: ”Sim! Você foi feliz!”...

Na inconstância das marés se resumem meus sentimentos: um vai e vem de ondas num fluxo incontrolável, assim como os impulsos do meu coração...

Gosto de vento no rosto, sabor salgado, brisa e sol... mas sou tormenta, mar em fúria, descontrole...

Não há nada tão perfeito e tão sutil quanto uma imagem refletida no mar. Quando tudo parece finalmente estar no seu lugar, mesmo estando de cabeça pra baixo...

É... acho q nasci pra ser Mercante...

...seria doce meu lar
não só o Rio de Janeiro
a imensidão e o mar

leste oeste norte sul
onde um homem se situa
quando o sol sobre o azul
ou quando no mar a lua

não buscaria conforto
nem juntaria dinheiro
um amor em cada porto”

sábado, 20 de fevereiro de 2010

E quando o fim se torna começo, a alma fatigada sorri de alívio...

É... tá chegando ao fim... fim de uma etapa significativa da minha vida, pra dar início a outra tão importante quanto. Definitivamente, chegou a hora de crescer e caminhar sozinha.

Inegável a saudade!!! De tudo!! Como de repente a rotina fatigante parece maravilhosa, pessoas sem importância se tornam essenciais. Nunca foi tão grande, e tão doloroso, o amor pelos meus amigos e por todos que ao meu lado ficaram por tanto tempo.

Aprendi em um mês, quase dois, mais do que nunca. Aprendi a ser piegas sem medo. Aprendi a divulgar o que penso e sinto sem receio dos questionamentos e falsas conclusões. Aprendi que felicidade é um conceito surreal, vc nunca sabe quando está feliz, só qndo foi feliz; é melhor dizer q está "satisfeito". Descobri q por mais q vc tenha novos amigos e q os antigos estejam distantes, são estes q fazem seu coração ficar apertado na hora da despedida.Aqueles q cresceram comigo não foram os q me fizeram crescer de verdade... eles prepararam minha mente e meu coração pra q eu enfrentasse as dificuldades e só assim poder amadurecer.

Conheci pessoas maravilhosas!!!! Fiquei surpresa com todos os presentes q a vida me deu. Meus amores, corações, paixões, bens, gatinhos, lindos, fãs...

Precisei ser Caca, Coração, Galvão, Veri, Piri, Perigosa, Camila, Camilão, "Minha linda", "Meu bem", "Minha Gatinha", "Paixããão", "Coisa Ruim", "Mulheeer", "Irmããã", "Amigaa" pra finalmente encontrar o meu melhor. Agora sim, de mala e bagagem prontas posso me despedir... mesmo sem querer.

Ninguém se prepara pscicologicamente pra abandonar tudo e todos, por mais q essa já seja uma idéia bem amadurecida, um sonho, e uma perspectiva de futuro. Fechei esse ciclo com cadeado de ouro, mas confesso não estar pronta... não vou bancar a durona...todos sabem q não sou... tá rolando aquela angustia, aquele medo d td dar errado,medo pior de voltar e td estar diferente,medo d ficar sem chão... mas o coração mineiro sabe que sempre vão existir alguns mineirinhos por perto, e sempre ao meu lado... Tenho os amigos q sempre pedi, precisei, e q não tenho certeza se mereço. Só me resta agradecer a todos por tudo, e lembrar... vou morrer de saudade!!!!

O Rio de Janeiro me espera... e eu vou indo... de braços abertos... ;D

domingo, 22 de novembro de 2009

Lua... nova, híbrida...

“Teu silencio me faz lembrar de quando você sorriu pra mim, eu me esqueço de pensar no que ainda esta por vir. Tá tudo errado mas assim é bom, te ligo e chamo pra sair, tá tudo nublado fora do tom, dia cinza o sol vai surgir.

Teu cheiro, teu dom, anunciam o mar. Teu gosto, teu som, me fazem calar...”

[Teu – Banda Híbrida]

http://www.myspace.com/bandahibrida

Nunca esperei que tudo fosse transcorrer dessa forma... justo quando negligenciamos algo antes que ocorra, ele abala todas as nossas estruturas. Cansei de fazer previsões, de me armar até os dentes, de me esconder por trás de uma armadura frágil... deixei tudo fluir, e me perdi. Perdi o controle da minha vida.

Impulsiva... essa é uma característica indiscutível! Chega a ser pleonasmo colocar isso em uma frase que se refere diretamente a mim, por menor que seja o nível de intimidade já percebem esse defeito (?)... salta aos olhos, e foge às mãos...

De uns tempos pra cá toda a lógica resolveu escapar de mim. O acaso se apoderou das rédeas do meu destino, e mansa fui me deixando envolver, enrolar, estrangular, sufocar...

Ainda bem que nada é pra sempre, e há de surgir uma lua nova no céu. Novo ciclo, nova busca, novos encontros. A pergunta que não cala é a obvia: “Por que eu!?” Acompanhada do melhor exemplo da falta de reconhecimento típica dos inseguros “Eu mereço tudo isso?!”

Esgotada por tamanhas e desnecessárias interrogações prefiro me concentrar em respirar... o cheiro único e novo que se prendeu na minha pele e anestesia minha mente. Escutar as mesmas músicas inúmeras vezes. Reler os mesmo textos rápidos, cheios de erros e vícios de linguagem. Fechar os olhos e arrepiar só com a lembrança da presença... que dom é esse que só você tem!?

Eu não quis te ver amanhã. Não quero planejar. Quero o prazer angustiante da saudade, pra alimentar o desejo da volta e a intensidade do reencontro...

Eis que uma frase interrompe o silêncio

Me fez abrir os olhos...

Fez com que meu corpo se arrepiasse por dentro

O frio me invade

Mas o ar está tão quente...

“Eu vou te ver amanhã!?”

PS: Pela primeira vez não começo e termino um post com uma música... não encontrei nada pra traduzir o que sinto agora... nada que justifique e nada pra concluir meu fluxo de pensamento. Vai ver que não existem justificativas, e que talvez não seja a hora de concluir nada...

sábado, 14 de novembro de 2009

“Nunca sei o que se passa com as manias do lugar, porque sempre parto antes que comece a gostar.“

Procuro fatos ao acaso que justifiquem meu estado de espírito. Sinceramente desisti de encontrar alguma lógica nas coisas que acontecem comigo... vivo num turbilhão tão grande... e de repente, num “bum!”, tudo se transforma e eu perco a noção do inicio, meio e fim. Transfiguração da realidade.

Sinto aos poucos, penso demais... não há como concluir tudo de uma só vez... e num quebra-cabeça mal montado se resume meu coração: peças faltando, blocos de encaixes soltos pela mesa, esperando a peça certa que solucionará todo problema, algo que complete (e que não me canse).

Até o previsível anda me intrigando... de repente as coisas começaram a dar certo demais. O passado veio à tona de maneira inesperada e magnífica, todo trabalho vem sendo recompensado, e o desejo de toda uma vida vem num quadro límpido, diante dos meus olhos e ao alcance das mãos. Claro que não me dou por satisfeita, ainda não. Mais do que obvio ainda me sentir instigada por interrogações. Mais do que obvio... angustiante...

Preferiria apenas ser acordada de madrugada e acordar com um pensamento fixo, do que dormir com milhões de coisas em mente sem me decidir qual atitude será tomada primeiro. Ao invés da dor da escolha, dessa faca ingrata de dois gumes (na qual sempre quem decide sai perdendo), fico com a falsa surpresa. Me apego aos objetos que irão dar, e deram, sorte... às lembranças... às promessas que eu sei que jamais serão cumpridas... às histórias verídicas ou não... às possíveis mudanças de personalidade... às mensagens... aos colos e caricias incertos...

“Na verdade continuo sob a mesma condição,

distraindo a verdade e enganando o coração.”

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

”Sozinho no escuro, nesse túnel do tempo, sigo o sinal que me liga à corrente dos sentimentos...”


Surpreendo-me com minha curiosidade, busco constantemente o oculto, o difícil e esqueço (propositalmente ou não) do que está ao meu lado.

Tenho um senso próprio de justiça, uma intolerância suprema à traição de qualquer espécie... e uma angustia tremenda por me ver impotente. O desejo de despir as máscaras me consome, mesmo que tal ato me condene ao esquecimento, mesmo que a vítima me odeie e me negue o som da sua risada, as suas falas tipicamente idiotas e por isso, hilárias, o seu olhar moleque, brincalhão e enlouquecedor.

Ah... as vontades que me consomem... as faíscas que saem dos meus olhos de raiva, pena, indignação e inegável desejo (não de voltar no tempo, mas de voltar às situações em novas, e melhores, circunstâncias).

Quisera eu poder agir sem ser percebida, mas tal perfil discreto não combina comigo. Quem me dera não levantar suspeitas e poder deixar tudo em pratos limpos, sem precisar sujar as minhas mãos... antes fosse como sempre temi...

Na duvida entre os motivos da falta de conversa: timidez, constrangimento, ciúme, ou simples falta de assunto, disfarço as reais intenções com um casual “bom dia”.

Mas há dias em que nada faz sentido
E os sinais que me ligam ao mundo se desligam”

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Tento fazer desse lugar o meu lugar, ao menos por enquanto, enquanto isso durar..."

06h30min. Preparo-me pra mais um dia da minha angustiante, fatigante e alucinada rotina. Em prol de 15 minutos a menos de vida sedentária, prefiro fazer parte do percurso a pé. O sol das 7 horas e alguma coisa é perfeito: quente, mas não tanto a ponto de me fazer transpirar; a claridade na medida certa, sem me impedir de olhar pro céu, apenas fazendo com que eu aperte um pouco os olhos (detesto óculos escuros).
É nesse tempo que eu reflito, é minha única oportunidade de simplesmente pensar, sem analisar os detalhes, sem me preocupar com opiniões e conceitos alheios, sem me preocupar nas conseqüências (“Se livrar da vaidade e apenas ir com o ritmo”). Deixo-me livre! Perco-me nos meus pensamentos desconexos e efêmeros. Deixo tudo fluir, sem me apegar aos detalhes... detalhes que só servem pra me confundir.

Chego a sentir que escapo de mim por alguns minutos. Como se analisando minha vida de forma teoricamente imparcial as coisas pudessem se resolver. Não, elas não se resolvem... mas pelo menos fica mais fácil analisar as informações aparentemente inúteis para transformá-las em verdadeiros trunfos na hora certa.

Não mais me surpreendo, como antes acontecia, com alguns sorrisos ou algum olhar de ódio expresso em meu rosto devido ao que se passava não na minha mente, mas em meu coração. Deve ser a única hora do dia na qual minha alma sai pra tomar um ar e fica evidente no meu rosto... Quando dou por mim, já estou quase no meu destino final. O paradoxo entre inferno e céu explícito em cada canto do lugar.

Infernal a angustia... a duvida em saber se é mesmo certo se privar, trocar algumas coisas boas da vida por outras nem tão boas assim... o peso da responsabilidade de ter o futuro nas mãos e não ter força pra seguir erguida todo o caminho... olhar pra trás e parecer que muito foi feito, mas olhar pra frente e saber que ainda falta muito, muito mesmo... a culpa por saber que vai decepcionar alguém sempre, não tem como ver todos que ama felizes ao mesmo tempo, e quanto mais se esforçar pela felicidade alheia mais vai denegrir a sua... o arrependimento pelas tarefas não terminadas, pelas frases não ditas, pelos gestos não feitos, pelas vontades reprimidas...

De celestial apenas a cor, e os anjos que lá encontrei. Só eles pra me fazer encarar essa rotina maluca... só amigos tão loucos pra agüentar meus ataques repentinos de choro, riso, carência, empolgação. Eu precisei descer da torre e encarar as curvas das sinuosas rampas pra crescer, e encontrar meus verdadeiros bens, meus verdadeiros amores, meus corações.

Mais uma vez a roleta trava... mais uma vez eu me irrito com isso, e como sempre lá pela quinta tentativa eu adentro na minha vida real. Afasto o turbilhão de pensamentos, uma olhadinha rápida no espelho, milhares de abraços, bom dias, colinhos. Tento fazer desse lugar o meu lugar, e tenho conseguido.


"Por enquanto espero e vou vivendo
(...)É, e isso é verdadeiro
Me troco, me arrojo, ao menos por enquanto
Enquanto isso durar."