domingo, 25 de abril de 2010

"Ah, se eu fosse marinheiro...

Sempre preferi o que intriga, e nada mais desafiador do que um navio toneladas flutuando de modo mais fácil até que um barquinho de papel...

Costumo focar meus olhos no horizonte enquanto perco-me nos meus pensamentos, e não há nada mais deslumbrante ao se ver do que a linha tênue que divide o oceano do céu...

Tenho o carma e a glória de minha mente não permitir que meu coração se apegue demais...

Enxergo em cada parada uma chance de recarregar a alma pra persistir, e não um final...

A saudade me faz sorrir, como se num suspiro em meio a afagos sussurrasse: ”Sim! Você foi feliz!”...

Na inconstância das marés se resumem meus sentimentos: um vai e vem de ondas num fluxo incontrolável, assim como os impulsos do meu coração...

Gosto de vento no rosto, sabor salgado, brisa e sol... mas sou tormenta, mar em fúria, descontrole...

Não há nada tão perfeito e tão sutil quanto uma imagem refletida no mar. Quando tudo parece finalmente estar no seu lugar, mesmo estando de cabeça pra baixo...

É... acho q nasci pra ser Mercante...

...seria doce meu lar
não só o Rio de Janeiro
a imensidão e o mar

leste oeste norte sul
onde um homem se situa
quando o sol sobre o azul
ou quando no mar a lua

não buscaria conforto
nem juntaria dinheiro
um amor em cada porto”