Certa vez conheci um homem... Era daqueles com tudo que eu sempre quis... Aquele que eu teria certeza absoluta que seria meu pra sempre e sempre seria dele... Mas não! Nós não éramos...
Ele era tudo o que idealizava, e de uma forma melhor... Como se minha consciência tivesse se materializado em outro corpo e soubesse responder todas as perguntas do meu coração sem ao menos pestanejar. Ele entendia tudo sem precisar de explicação, ele ria até mesmo das minha piadas que eu achava sem graça... Ele me motivava, mostrava que sempre haveria mais um pra aqueles que foram só mais um em minha vida, e que talvez o outro fosse melhor... Ele dizia que não conheceria o certo se não tivesse provado o errado... Sim! Ele era piegas! E eu adorava!!! Ria sozinha das coisas que ele dizia... Ria com ele de outras tantas coisas que dizíamos por dizer, só pra arrancar do peito aquelas frasezinhas bestas que ninguém tem coragem de assumir a autoria...
A vida dele estava anos a frente da minha, mas mesmo em meio a tantas diferenças, tudo se encaixava no final...
Com o tempo, novas vidas e novos rumos, nos afastamos tanto... Acabaram as conversas de horas, a falta de nexo das nossas brincadeiras, nossas profundas reflexões sobre a vida, o amor, sobre nós... Bate uma saudade de ler os textos dele de novo, de reler os meus... E perceber que muito do que sou hoje foi moldado naquelas tardes e noites papeando e perdendo a noção do tempo...
Somos como peças iguais de um enorme quebra-cabeças... Combinamos em tudo, mas ainda assim não nos encaixamos. Depois de tanto procurar (ou por vezes ficar sentada esperando) achei minha outra metade. Ele ainda não, ainda.. Ou não que eu saiba, ou não porque ela ainda não sabe... Mas uma vez, ele é complexo e interessante demais.
Enquanto eu vivo a melhor parte da minha vida, devaneando sozinha, sentindo saudades dele, louca pra sentar e contar em detalhes tudo que encontrei... Que meu encaixe é exatamente do jeitinho que acreditávamos que seria... Que tudo que contei pra ele que eu queria eu achei... Que meu encaixe é quase como ele... Só que meu... Ele, ah! Ele é só o que eu sou um pouquinho (ou muito) melhorado... Ele é inspiração...
Antes de querer mostrar meu complemento à ele, queria conhecer o dele... Saber se com ele também foi assim... Saber se essa é a certa, e se sem querer estávamos adivinhando (ou planejando) nosso futuro em meio a horas e horas aparentemente desperdiçadas... Que se ele achou a musa de suas canções do Marcelo Camelo, da mesma forma que eu encontrei meu Ted Mosby
Não, não é ele... Ainda bem!
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