domingo, 22 de novembro de 2009

Lua... nova, híbrida...

“Teu silencio me faz lembrar de quando você sorriu pra mim, eu me esqueço de pensar no que ainda esta por vir. Tá tudo errado mas assim é bom, te ligo e chamo pra sair, tá tudo nublado fora do tom, dia cinza o sol vai surgir.

Teu cheiro, teu dom, anunciam o mar. Teu gosto, teu som, me fazem calar...”

[Teu – Banda Híbrida]

http://www.myspace.com/bandahibrida

Nunca esperei que tudo fosse transcorrer dessa forma... justo quando negligenciamos algo antes que ocorra, ele abala todas as nossas estruturas. Cansei de fazer previsões, de me armar até os dentes, de me esconder por trás de uma armadura frágil... deixei tudo fluir, e me perdi. Perdi o controle da minha vida.

Impulsiva... essa é uma característica indiscutível! Chega a ser pleonasmo colocar isso em uma frase que se refere diretamente a mim, por menor que seja o nível de intimidade já percebem esse defeito (?)... salta aos olhos, e foge às mãos...

De uns tempos pra cá toda a lógica resolveu escapar de mim. O acaso se apoderou das rédeas do meu destino, e mansa fui me deixando envolver, enrolar, estrangular, sufocar...

Ainda bem que nada é pra sempre, e há de surgir uma lua nova no céu. Novo ciclo, nova busca, novos encontros. A pergunta que não cala é a obvia: “Por que eu!?” Acompanhada do melhor exemplo da falta de reconhecimento típica dos inseguros “Eu mereço tudo isso?!”

Esgotada por tamanhas e desnecessárias interrogações prefiro me concentrar em respirar... o cheiro único e novo que se prendeu na minha pele e anestesia minha mente. Escutar as mesmas músicas inúmeras vezes. Reler os mesmo textos rápidos, cheios de erros e vícios de linguagem. Fechar os olhos e arrepiar só com a lembrança da presença... que dom é esse que só você tem!?

Eu não quis te ver amanhã. Não quero planejar. Quero o prazer angustiante da saudade, pra alimentar o desejo da volta e a intensidade do reencontro...

Eis que uma frase interrompe o silêncio

Me fez abrir os olhos...

Fez com que meu corpo se arrepiasse por dentro

O frio me invade

Mas o ar está tão quente...

“Eu vou te ver amanhã!?”

PS: Pela primeira vez não começo e termino um post com uma música... não encontrei nada pra traduzir o que sinto agora... nada que justifique e nada pra concluir meu fluxo de pensamento. Vai ver que não existem justificativas, e que talvez não seja a hora de concluir nada...

sábado, 14 de novembro de 2009

“Nunca sei o que se passa com as manias do lugar, porque sempre parto antes que comece a gostar.“

Procuro fatos ao acaso que justifiquem meu estado de espírito. Sinceramente desisti de encontrar alguma lógica nas coisas que acontecem comigo... vivo num turbilhão tão grande... e de repente, num “bum!”, tudo se transforma e eu perco a noção do inicio, meio e fim. Transfiguração da realidade.

Sinto aos poucos, penso demais... não há como concluir tudo de uma só vez... e num quebra-cabeça mal montado se resume meu coração: peças faltando, blocos de encaixes soltos pela mesa, esperando a peça certa que solucionará todo problema, algo que complete (e que não me canse).

Até o previsível anda me intrigando... de repente as coisas começaram a dar certo demais. O passado veio à tona de maneira inesperada e magnífica, todo trabalho vem sendo recompensado, e o desejo de toda uma vida vem num quadro límpido, diante dos meus olhos e ao alcance das mãos. Claro que não me dou por satisfeita, ainda não. Mais do que obvio ainda me sentir instigada por interrogações. Mais do que obvio... angustiante...

Preferiria apenas ser acordada de madrugada e acordar com um pensamento fixo, do que dormir com milhões de coisas em mente sem me decidir qual atitude será tomada primeiro. Ao invés da dor da escolha, dessa faca ingrata de dois gumes (na qual sempre quem decide sai perdendo), fico com a falsa surpresa. Me apego aos objetos que irão dar, e deram, sorte... às lembranças... às promessas que eu sei que jamais serão cumpridas... às histórias verídicas ou não... às possíveis mudanças de personalidade... às mensagens... aos colos e caricias incertos...

“Na verdade continuo sob a mesma condição,

distraindo a verdade e enganando o coração.”